sábado, 2 de junho de 2012


"A vida desenha-se da vontade de um corpo, da sua tremenda convulsão extasiante que adocica uma alma, a faz lutar e desejar um mesmo percurso e caminho. O amor, mais que um sentimento ou uma realidade que impera no mundo, por vezes transcende os seus próprios limites e densidade existencial. Quando a alma e o corpo desenham um quadro eterno de divindade, onde as cores brilham incessantes bebendo do amor o seu verdadeiro significado e poder, a vida abre-se em toda a sua pureza e felicidade.
Mais que palavras tatuadas no seio de um Mundo, no ventre da Natureza que acolhe o amor como seu filho mais pródigo e perfeito, esse mesmo amor liberta-se da simples concepção de um sentir ou de uma palavra. Ele é representação de vida, a maior prova de um corpo e de uma alma numa simbiose eterna de paixão e desejo eterno febril.
Quando acordamos e derramamos lágrimas de felicidade, porque quem tanto amamos continua perto de nós e é eternamente razão do nosso respirar, podemos dizer que realmente amamos, e mais que uma palavra libertada no calor de um momento, trata-se de algo que nos ilumina toda a essência e alma, algo que é tudo o que somos e sempre iremos ser.
Quando o brilho ilumina os nossos olhos, o coração rejubila de paixão e loucura, ao saborear uma fotografia, um momento, a sua voz, o seu tom, paladar e aroma. É amor, mas não aquele amor que todos libertamos por palavras, quase instantâneas. Não, esse amor está dentro de nós, não necessita de ser invocado a todo o momento, porque tudo o que somos o devemos a ele, tudo o que temos o alcançamos para ele, e mais importante que tudo, sentimos a vida no nosso paladar diário, o tacto existencial de um sorriso, a fragrância de um passeio, o libertar de corpos e espíritos. "

Sem comentários:

Enviar um comentário